quinta-feira, 21 de abril de 2016

O que acontece quando um avião de passageiros cai?

Foi a resposta que, em 2012, uma equipe de engenheiros de diversos países quis obter com uma queda provocada de um Boing 727 no Deserto de Sonora, no MéxicoToda a experiência foi filmada e transformada num documentário: "The Plane Crash".


O 727-200 foi escolhido por ser barato (comprado por US$ 450 mil), por ter uma fuselagem similar a muitas aeronaves actualmente utilizadas e ter uma saída na traseira (que permitiu o salto de para-quedas da tripulação). A parte final do voo foi por controlo remoto, que resultou e garantiu o êxito da operação. Tal não aconteceu no teste da NASA de 1984, em que a parte final foi descontrolada e gorou as expectativas da experiência.


Numa queda idêntica à do teste, dificilmente alguém sobreviveria nas primeiras filas da aeronave, onde mediram uma aceleração equivalente a 12 g, nos assentos do meio 8 g (os passageiros provavelmente sobreviveriam com ferimentos) e os assentos mais atrás 6 g, ou seja, com muito mais probabilidades de sobreviver que os outros (um bom motivo para não viajar em primeira classe).


Cada acidente tem características próprias e caso um incêndio deflagrasse na traseira do avião as probabilidades de sobrevivência seriam diferentes. Nesta experiência não houve incêndio, o avião tocou primeiro com a frente, mas já ocorreram outros que baterem no solo primeiro com a parte traseira e em que a cauda se separou do resto da fuselagem.
Não sei em que me baseei, mas é minha convicção, de há muitos anos, de que os lugares sobre as asas são os mais seguros (mesmo considerando a proximidade com os depósitos de combustível).
Os dummy's usados no teste comprovaram (o normalmente recomendado) de que os passageiros adoptem a posição de emergência.
Como passageiros nada podemos fazer para evitar a queda do avião, mas podemos tomar algumas medidas simples para aumentar a nossa probabilidade de sobrevivência: primeiro, na escolha do lugar (a meio ou atrás) e, já no avião, identificar as saídas de emergência (mais próximas) e visualizar o que fazer em caso de evacuação.
Recomendação: não viaje nunca em companhias que vendem mais caro os lugares das saídas de emergência (por serem mais espaçosos) menosprezando as normas de segurança que obrigam a seleccionar os passageiros para esses lugares, que, nomeadamente, não viagem com outro(s) passageiro(s) com mobilidade reduzida, com menores ou animais de estimação, e, obrigatoriamente, se comprometam a ajudar na evacuação e tenham condições físicas para o fazer. Não é obrigatório ser atlético e ter vocação para herói, mas pode fazer a diferença.



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