segunda-feira, 18 de abril de 2016

Qual é a duração adequada para um tratamento com antibióticos?

Um estudo publicado em 10 de Junho de 2006 numa revista médica afirma que no tratamento da pneumonia não complicada a toma de antibióticos abreviada para três dias foi tão eficaz como a de duração de oito dias!

Fica a pergunta:
A duração dos tratamentos não é baseada em evidências científicas ?!!!!!!!!!!

Quem instituiu a toma durante 7 dias e até ao fim ??? Foram os médicos?
Quem decide são os laboratórios! e as demais entidades, sejam reguladores, universidades ou mesmo o estado, andam todos a dormir?
Ninguém quer saber ??? Não é notícia ?

Outro estudo publicado em 15 de Novembro de 2011 conclui não haver diferenças significativas na cura clínica, microbiológica, nem da sobrevivência, entre os pacientes com bacteremia que receberam tratamentos por antibióticos com menor duração (contudo, recomendam a confirmação daqueles resultados).

A antibioticoterapia empírica não será uma terapia empírica, não só quanto ao tipo da bactéria mas também quanto à duração do tratamento?

Será (7) sete por este ser um número mágico? porque é só uma semana?
Vejamos, se a cada 24 horas os doentes devem tomar três comprimidos (outro número mágico) e fazendo-o por sete dias, acabam por tomar 21 comprimidos. Se até mesmo um desses comprimidos é desnecessário - ou seja, se as pessoas que tomam 20 pílulas ficam igualmente saudáveis - então, em milhões de pessoas, não é que é muito dinheiro em custos com os cuidados de saúde? No caso de 3 dias serão 12 pilulas a mais, ou seja 57% mais medicamentos do que realmente precisam. Esta sobre-dosagem contribui não só para aumentar os custos (e lucros), mas também para a evolução das estirpes resistentes aos antibióticos (as tais "superbactérias" que já proliferam nos nossos hospitais).

Os meus pesamos e, como não querem, nem podem acabar com a chusma de parasitas, desejo sinceramente que se demitam: O Ministro da Saúde, o Presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, a Inspectora geral da Inspecção-Geral das Actividades em Saúde, o Director geral da Direcção-Geral da Saúde, o Presidente da Entidade Reguladora da Saúde, o Presidente da Administração Central do Sistema de Saúde, o Presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde e o Presidente do Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde.

Embora não possa dar os parabéns, reconheço o mérito corporativo às seguintes entidades: AFP – Associação de Farmácias de Portugal, Groquifar – Associação de Grossistas de Produtos Químicos e Farmacêuticos, Aprefar – Associação dos Profissionais de Registo e Regulamentação Farmacêutica, ANF – Associação Nacional das Farmácias, ANL – Associação Nacional dos Laboratórios Clínicos, Apifarma – Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica, APFH – Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares, APEF – Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia, APJF – Associação Portuguesa de Jovens Farmacêuticos, Apogen – Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos, Clube de Golf Farmacêutico, Health Cluster Portugal, Monaf – Montepio Nacional da Farmácia, Sindicato Nacional dos Farmacêuticos, SPCF – Sociedade Portuguesa de Ciências Farmacêuticas, SPFCF – Sociedade Portuguesa de Farmácia Clínica e Farmacoterapia.

Já agora recomendo que a Ordem dos Médicos e as Faculdades de Medicina formem uma tuna de assobios, pois são peritos a assobiar para o lado.

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